Oi, meus amores! Bom Dia! O post de hoje trago para você curiosidades, o termo proposto é raízes de resistência a história e a cultura do cabelo crespo no Brasil e no mundo negro. Venha aprender comigo.
Raízes de resistência: a história e a cultura do cabelo crespo no Brasil e no mundo negro
Você sabia que os fatos importantes que se passou na história do cabelo crespo e na cultura negra está associado à identidade, resistência, representatividade, ancestralidade, força. O cabelo crespo no Brasil carrega uma história profunda e cultura de pessoas ao redor do mundo, marcada por opressão, resistência, preconceito, empoderamento, resignificação, celebração. Aqui estão os principais pontos a ser abordado sobre nossos antepassados, venha aprender mais como surgiu e a busca por respeito e aceitação.
África pré-colonial e ancestral: símbolo de identidade e status
Na ancestralidade africana, o cabelo tinha e ainda tem significados culturais, espirituais e sociais. Antes da colonização, penteados crespos representavam status social, civil, idade, religião, tribo, até posição de liderança. O cabelo era considerado uma forma de comunicação e expressão cultural rica e respeitada. Penteados como tranças nagô e bantu knots (coque e trança juntos), entre outras traças e cortes específicos eram utilizados paga rituais, celebrações e também como formas de resistência durante o período da escravidão há registros de pessoas que escondiam sementes ou desenhavam mapas nos cabelos para planejar fugas. Esses estilos foram preservados e adaptados no Brasil, mantendo viva a conexão com a africanas.
Escravidão: apagamento e opressão
Durante a escravidão, muitos africanos eram forçados a raspar a cabeça como forma de desumanização, apagando sua identidade, humilhação. O cabelo crespo passou a ser associado à inferioridade e à “desordem” pelos colonizadores. Durante o período escravocrata, o cabelo crespo foi alvo de discriminação. Após a abolição, o preconceito persistiu, levando muitos a alisar os cabelos para se adequar aos padrões eurocêntricos de beleza.
Pós-abolição: alisamento como sobrevivência e imposição social
Após a escravidão, o cabelo liso passou a ser visto como “mais aceitável”. Durante muito tempo, alisar os cabelos foi visto como “necessário” para se inserir na sociedade e evitar discriminação. Produtos como ferro quente, alisantes químicos, chapinhas surgiram com força pois eram usados para "domar" o crespo. Por décadas, alisar o cabelo era quase obrigatório para se sentir aceita em ambientes sociais e profissionais. As propagandas reforçavam que cabelo liso era sinal de sucesso, beleza e higiene.
Movimento Black Power (décadas de 60/70)
Durante muito tempo o cabelo crespo foi associado à marginalização e falta de cuidado. Nos anos 1960 e 1970, o movimento Black Power resgatou o orgulho pelo cabelo natural, virou símbolo de resistência política e orgulho racial. O afro virou ato político, afirmando: “Black is beautiful”. Ícones como Angela Davis inspiraram o uso do cabelo natural como ato de empoderamento. No Brasil, esse movimento inspirou a valorização do cabelo crespo como símbolo de resistência e identidade. A Marcha do Orgulho Crespo, iniciada em 2015, é um exemplo contemporâneo dessa luta por reconhecimento e valorização da estética negra.
Lei da palmada (teste do pente)
No passado, pessoas negras eram discriminadas se seus cabelos não passassem por um pente fino. Isso foi usado até para negar empregos.
Crescimento do movimento de aceitação natural (anos 2000 em diante)
Nessa época teve uma luta por aceitação e liberdade. As redes sociais e os blogs deram voz às crespas/cacheadas, incentivando a transição capilar e o fim dos padrões impostos. Muitas mulheres abandonaram químicas para assumir seus crespos naturais se redescobrindo. O cabelo crespo voltou a ser celebrado, mesmo ainda enfrentando preconceito. A partir dos anos 2000, houve uma virada com o fortalecimento da identidade negra.
Crescimento e mudanças na indústria de beleza trazendo representatividade
Marcas passaram a criar produtos específicos para cabelos crespos e cacheados. A beleza natural passou a ser celebrada. Os influenciadoras, atrizes, jornalistas, marcas passaram a mostrar cabelos crespos com orgulho e além de traz pessoas famosas para servir de inspiração para seu público.
Representatividade na mídia atual
Celebridades e influenciadoras negras ajudam a valorizar o cabelo crespo em editoriais, novelas e propagandas, mostrando que ele é símbolo de liberdade e autoestima. O cabelo crespo voltou a ser celebrado, mesmo ainda enfrentando preconceito. Nos dias atuais o cabelo crespo é mais aceito, mas ainda enfrenta racismo estrutural, principalmente em espaços profissionais. Criadoras de conteúdo, marcas e movimentos sociais reforçam que cabelo crespo é bonito, político e digno de cuidado.
Herança Africana no Brasil
Milhões de africanos escravizados vieram ao Brasil com suas culturas, tradições e cabelos crespos. Aqui, o cabelo passou a ser alvo de repressão e racismo, com tentativas de “domar” ou esconder os fios naturais.
Racismo e imposição de padrões
O Brasil adotou por muito tempo um padrão de beleza eurocêntrico: cabelo liso era o “ideal”. Crianças negras crespas ouviam que seu cabelo era “ruim”, “duro”, “feio”. Isso gerou traumas e vergonha, principalmente bullying nas escolas e ambientes profissionais. A luta agora é por respeito, liberdade de escolha e mais representatividade. O cabelo crespo no Brasil é símbolo de resistência, identidade e liberdade. É uma afirmação de que beleza vai além de padrões imposto, ela mora na raiz da nossa história.
Desafios existenciais
Apesar dos avanços, o cabelo crespo ainda enfrenta preconceitos. No entanto, há um crescente movimento de aceitação e valorização, com mais representatividade na mídia e no mercado de beleza. Celebrar o cabelo crespo é afirmar a identidade negra e resistir aos padrões impostos. O cabelo crespo é uma expressão poderosa da cultura e história negra. Reconhecer e valorizar sua importância é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Você sabia dessa curiosidade, o que acha a respeito?
Um beijo, até o próximo post!
0 comments:
Postar um comentário